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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Senta que lá vem história...


Coisa mais divertida aqui no Rio é parar perto de estranhos. Sério, não há uma fila, um passeio, um almoço em praça de alimentação, uma viagem de trem ou uma ida à delegacia resolver carro roubado que não renda uma longa e unilateral conversa.

Eu não sei se é essa minha cara de pessoa legal e confiável ou se todo mundo aqui é assim, só sei que não importa aonde eu vá, sempre vai ter alguém pra sentar perto de mim e me contar a história da sua vida sem pressa.

Eu, que sou mais de ouvir que de falar, capricho nos meus "uhum", "claro", "sei", "nossa, é mesmo?" e pronto, a conversa rende que é uma beleza, toda trabalhada no monologuismo. Se marido estiver por perto fica mais interessante porque basta eu me distrair um segundo que, quando volto, já estão amigos de infância, discutindo política e profissões.

No começo eu achava bem esquisito, porque não é do meu feitio dar detalhes de minha vida pra estranhos, mas o Rio faz a fama do Brasil ter um povo hospitaleiro e simpático e mesmo nunca tendo levado adiante essas amizades instantâneas e temporárias, hoje eu acho até graça dessa "falta de limites". Entre isso e uma cara fechada de mau-humor, prefiro as confissões.


p.s.: imagem achada no Google, gentchi.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Rio, o MAC e o Oscar

O que eu mais gosto de morar no Rio é ter sempre alguma coisa nova para fazer. Mesmo sendo tudo longe de onde eu moro, mesmo sendo cansativo passar horas no carro para chegar no destino, ainda assim eu gosto por que nunca enjoa. Para quem se interessa por arquitetura, então, o RJ é um prato cheio! Uma visita ao Centro e tem todas aquelas edificações antigas, arquitetura colonial, moderna, contemporânea... tem de tudo. Sem falar nas paisagens, que são as coisas mais lindas.




Tem gente que quando visita ou se muda para uma cidade nova aproveita para conhecer a noite do lugar, ir a bares, boates... outros preferem sair para fazer compras e tem quem goste das praias, mas eu, o que eu gosto mesmo é de ver arquitetura. Minha irmã esteve aqui semana passada e eu aproveitei para levá-la em todos os lugares que eu já conhecia e mais um que eu ainda não tinha ido, mas que me encantou.




O Museu de Arte Contemporânea - ou MAC ou prédio-que-parece-um-disco-voador projetado pelo Oscar Niemeyer fica em Niterói, mas é de lá que eu tenho quase certeza que se tem a vista mais bonita do Rio de Janeiro. Preciso confessar que, diferente da maioria dos meus colegas de profissão e do Chico Buarque, eu não dou essa bola toda pro Oscar. Santiago Calatrava roubou meu coração lá no primeiro período e, desde então, Niemeyer é só um tiozinho que tem a melhor equipe de tradutores de hieroglifos do mundo. Só isso para justificar aqueles rabiscos enigmáticos dele virarem esses monumentos incríveis que a gente vê espalhados por aí.




Mas. Porém. Contudo. Entretanto. O tiozão sabe o que faz. Como uma coisa que levou mais de 3 milhões de m3 de concreto pode parecer tão leve? Não tem como não se encantar com o MAC. Já do lado de fora a Baía de Guanabara emoldurada pela edificação elevada e o espelho d'água fazem você babar. Aí você entra e o lugar é tipo mágico. Enquanto passeia em meio às obras de arte, de repente, você já viu aquela menina sentada ali! Você não sente que está andando em círculos. É tudo muito amplo, limpo, tranquilo.... aqueles janelões em fita implorando para você ficar ali o dia inteiro, contemplando a paisagem e esquecendo o calor senegalês lá de fora e os muitos km para voltar para casa.