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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A saga da ceia de Natal I


Prometo que esse blog não vai ser só sobre comida, mas como eu fiquei de falar sobre a ceia do Natal, segue o ocorrido.

Começou com marido chegando do trabalho com o brinde natalino da empresa (peru e cia) e pedindo para eu preparar pro Natal. Ele ainda disse que iria me ajudar, mas como até então minha experiência em culinária natalina se resumia a desfiar frango já assado (por outra pessoa, of course), descascar batatas e cenouras e surrupiar discretamente lascas de peito de peru defumado, a minha primeira reação frente ao kit de Natal da Sadia foi crer piamente que este seria o maior fiasco da história dos fiascos das ceias de Natal e que ele seria para sempre lembrado nas futuras reuniões familiares.

Mas missão dada, parceiro, é missão cumprida. E lá fui eu para a cozinha.

Já na quinta-feira, eu dei início ao espetáculo à preparação. Assei o frango e fiz a sobremesa. O frango eu usei desfiado no salpicão, que até então seria feito com franguinho comprado pronto no supermercado, mas se já tinha um inteiro em casa, por que não, né? Porque dá trabalho! A embalagem dizia que ele já vinha temperado, pronto para ir para o forno tão logo você o descongelasse e o besuntasse em margarina. Primeiro problema: ele não queria ser descongelado. Foram quatro sessões da função *descongelar* do microondas e, asas e demais extremidades começando a escurecer depois, ele finalmente resolveu ceder e me permitiu retirar o saquinho de miúdos de suas entranhas.

Depois disso ficou fácil, afinal tem coisa mais simples que passar margarina num ser outrora vivo, todo branquelo, sem cabeça e com ossos aparecendo onde antes tinha pés? Pensamentos vegetarianos me vieram à mente, mas é como diz o ditado: Se já tá na *m... , nada. Continuei e coloquei no forno. Por quatro horas. Sabe assim, QUATRO horas? Dica para quem trabalha e almoça em casa: almoce frango todo dia. Você coloca no forno quando sair e estará pronto na hora que voltar, sem perda de tempo na cozinha. Pelo menos ficou bom. Bem douradinho, suculento, uma belezura... e só agora me ocorreu que eu poderia tê-lo fatiado e preparado na frigideira, sem margarina e em uns 30 minutos, no máximo...

Bom, o pavê. Eu já havia decidido pelo pavê de chocolate, que Juscelino tinha requisitado, mas aí fui dar uma olhada no site da Sadia, buscando molhos para aves, achei essa receita de pavê de nozes e pensei que seria uma ótima oportunidade de usar as nozes compradas na semana anterior. Eu só não lembrei que teria que descascar noz por noz com um espremedor de limão (não, eu não tenho quebra-nozes) e sujar a batedeira, o liquidificador e uma panela. É muita sujeira para um pavê só. Valeu a pena, porque marido disse que foi o melhor pavê que ele já comeu e se ele diz, eu acredito.

(continua no próximo post...)

*Ai, gente, é claro que o "m" é de margarina. O que vocês pensaram?

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